sábado, 25 de abril de 2009

Pena - Teatro Mágico


Pena
O poeta pena
Quando caí o pano e o pano caí
Um sorriso por ingresso
Falta assunto, falta acesso
Talento traduzido em cédula
E a cédula tronco é cédula mãe solteira 
O poeta pena
Quando caí o pano e o pano caí
Acordes em oferta
Cordel em promoção
A prosa presa em papel de bala
Música rara em liquidação
E quando o nó cegar
Deixa desatar em nós
Solta a prosa presa
Luz acesa
Já se dorme um sol em mim menor
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
O palhaço pena
Quando caí o pano e o pano caí
A porcentagem e o verso
Rifa, tarifa e refrão
Talendo provado em papel moeda
Poesia metamorfoseada em cifrão
O palhaço pena
Quando caí o pano e o pano caí
Meu museu em obras
Obras em leilão
Atalhos retalhos e sobras
A matematica da arte em papel de pão
E quando o nó cegar
Deixa desatar em nós
Solta a prosa presa
Luz acesa
Já se abre um sol em mim maior 
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior

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